Este curso tem como principal objetivo capacitar para a implementação e gestão sustentável de espaços de cultivo nas cidades, promovendo a segurança alimentar e a autonomia na produção de alimentos. Para além do prazer de cultivar, a agricultura urbana é apresentada como uma ferramenta essencial para aumentar a resiliência e a sustentabilidade dos espaços urbanos.

Uma das abordagens apresentadas será a da permacultura. Ao longo do curso, os participantes aprenderão a integrar padrões ecológicos na produção alimentar, compreendendo a importância da qualidade do solo, da seleção de culturas adequadas e das operações culturais essenciais para o bom desenvolvimento das plantas. Serão abordadas técnicas como a rotação de culturas e a produção de hortícolas, garantindo uma utilização eficiente do solo e a manutenção do seu equilíbrio.

A proteção das culturas será outro foco fundamental, com a exploração de estratégias de controlo biológico de pragas e doenças, permitindo reduzir a dependência de produtos químicos e incentivar práticas mais ecológicas. A identificação e o tratamento de problemas fitossanitários serão também abordados, capacitando os participantes para responderem de forma eficaz aos desafios do cultivo urbano.

Serão ensinadas técnicas de compostagem para reciclagem de matéria orgânica, promovendo a fertilidade do solo e reduzindo o desperdício. Outro aspeto central será a interação entre o solo e as plantas, permitindo compreender como melhorar esta relação para obter culturas mais saudáveis e produtivas. A horta será também explorada como uma ferramenta educacional e societal, demonstrando o seu potencial para sensibilizar diferentes públicos sobre questões ambientais e sociais, bem como para fomentar a integração comunitária. Para além das questões produtivas, o curso destaca a importância das hortas para o bem-estar individual e coletivo, abordando o impacto positivo da agricultura urbana na saúde mental, na qualidade de vida e na construção de comunidades mais resilientes.

Por fim, o curso reforça o papel da agricultura urbana como um elemento catalisador da sustentabilidade e do bem-estar nas cidades, incentivando práticas responsáveis que contribuem para a redução da pegada ecológica, o aumento da biodiversidade e a construção de um ambiente urbano mais equilibrado e saudável.

O curso apresenta uma ampla abrangência de temas pelo que se destina a participantes com perfis distintos:

• Moradores urbanos interessados em cultivar os próprios alimentos – Pessoas que desejam criar ou melhorar uma horta em casa, num quintal, varanda ou espaço comunitário
• Professores e educadores – Profissionais da educação que queiram utilizar hortas como ferramenta pedagógica para ensinar sobre sustentabilidade, ecologia e alimentação saudável
• Profissionais da área ambiental e agrícola – Técnicos, engenheiros agrónomos, biólogos e outros especialistas que desejam aprofundar conhecimentos sobre agricultura urbana e produção sustentável
• Gestores municipais e urbanistas – Decisores políticos e técnicos envolvidos em projetos de planeamento urbano sustentável, espaços verdes e hortas comunitárias
• Membros de associações comunitárias e ONGs – Pessoas envolvidas em iniciativas sociais e ambientais que promovem a segurança alimentar e o envolvimento da comunidade na produção de alimentos
• Estudantes e investigadores – Alunos de diversas áreas, como agronomia, biologia e sustentabilidade, que tenham interesse na agricultura urbana e na sua aplicação prática
• Cidadãos preocupados com o meio ambiente e a sustentabilidade – Qualquer pessoa interessada em reduzir a pegada ecológica, promover a biodiversidade e adotar práticas mais sustentáveis no dia a dia

O curso é acessível, tanto para iniciantes, quanto para aqueles que já têm alguma experiência em cultivo urbano e desejam aprimorar os seus conhecimentos e técnicas.

O curso terá uma estrutura mista com aulas que abordam questões teóricas e expõem protocolos práticos online e demonstrações presenciais.

1. Agricultura urbana
   1. Segurança alimentar para além do gosto de produzir
   2. Exemplos de modelos de agricultura urbana em Lisboa do ponto de vista histórico e antropológico (MLisboa) e também aplicada atual (Upfarming)
2. Permacultura: uma proposta de abordagem agroecológica
   1. As bases da Permacultura como sistema de design: Éticas e Princípios
   2. Ferramentas da Permacultura: Análise de elementos
   3. Sistemas perenes da produção
3. Solo
   1. Interações planta-solo
   2. Ciclo de nutrientes
   3. Simbioses
4. Hortas que incorporam os padrões ecológicos: as culturas e as operações culturais
   1. Policultura em agricultura biológica
   2. Identificação de doenças, pragas e tratamentos
   3. Hortas e água
   4. Ervas “indesejadas” comestíveis
   5. Técnicas de poda
5. Compostagem: processos de reciclagem de matéria orgânica para aumentar a saúde do solo e das plantas
   1. Os processos de reciclagem de matéria orgânica
   2. Compostagem
   3. Vermicompostagem
6. Social
   1. Horta como objeto educacional e ferramenta societal
   2. Horta como elemento catalisador da sustentabilidade e do bem estar
7. Caso-estudo: HortaFCUL como um caso de estudo de agricultura urbana regenerativa

A avaliação dos conhecimentos adquiridos durante o curso será feita pela análise comparativa do conhecimento dos participantes antes e depois da formação, utilizando inquéritos diagnósticos aplicados no início e no final do curso.

O inquérito inicial (pré-teste) será aplicado no primeiro dia do curso, antes de qualquer conteúdo ser ministrado. O inquérito contém um conjunto de questões sobre os temas centrais do curso, questões que poderão ser de múltipla escolha, verdadeiro ou falso e respostas abertas para avaliar o conhecimento prévio e percepções dos participantes.

O inquérito final (pós-teste) será aplicado no final do curso, com as mesmas questões do inquérito inicial. Permitirá avaliar a evolução do conhecimento e da compreensão dos temas abordados. Incluirá uma seção adicional para recolher feedback qualitativo sobre a experiência do curso e sugestões de melhoria.

A comparação entre as respostas do inquérito inicial e final permite quantificar o progresso de cada participante e do grupo como um todo. Se houver uma melhoria significativa nas respostas, isso indica que os objetivos de aprendizagem foram alcançados. Em casos onde não há progresso esperado, os resultados podem ser analisados para ajustar futuras edições do curso, reforçando os temas que geraram maior dificuldade.

O resultado final, para cada participante, será atribuído numa escala de 0 a 20.

Aplicam-se os seguintes descontos ao valor da propina:

• 10% – Empresas não parceiras que inscrevam 3 ou mais colaboradores
• 15% – Parceiros e colaboradores (incluíndo associações e empresas em que CIÊNCIAS participa)
• 25% – Alunos e ALUMNI de CIÊNCIAS
• 15% – ALUMNI da Universidade de Lisboa

O presente regulamento estabelece o regime de atribuição de prémios de desempenho escolar aos formandos inscritos nos cursos de formação avançada não conferentes de grau académico coordenados pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (CIÊNCIAS), no âmbito do Projeto ULisboa-EPG (Escola de Pós-Graduação da Universidade de Lisboa), ao abrigo do Programa Impulso Adultos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e durante o seu período de financiamento (até ao ano letivo de 2025/2026).

Serão atribuídos os seguintes prémios:

1. Prémio de Desempenho Escolar A – 100 % do valor da propina
2. Prémio de Desempenho Escolar B – 80 % do valor da propina
3. Prémio de Desempenho Escolar C – 50 % do valor da propina
   O valor da propina a considerar terá em conta as condições especiais aplicadas ao beneficiário.

Consulte o Regulamento de Atribuição de Prémios de Desempenho Escolar – Cursos PRR da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

• 2 e 3/12, 17h-19h, online
• 5/12, 14h-18h, presencial
• 6/12, 9h-13h, presencial
• 9 e 10/12, 17h-19h, online
• 12/12, 17h-19h, online
• 16 e 17/12, 17h-19h, online
• 19/12, 14h-18h, presencial
• 20/12, 9h-13h, presencial